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terça-feira, 2 de setembro de 2014

CLÁSSICO INFANTOJUVENIL: "JAMES E O PÊSSEGO GIGANTE"



Eu já devo ter comentado por aqui que Roald Dahl é um de meus escritores favoritos. Pois acabo de ler outra de suas obras e, mais uma vez, confirmo o quanto ele era um ótimo contador de histórias.

JAMES E O PÊSSEGO GIGANTE parte do clássico pontapé inicial da criança que vira órfã e vai morar com parentes malvados. No caso, o órfão é James Henry Trotter, e os parentes malvados são suas tias Espiga e Esponja.

Quando James vai viver com suas tias, vira uma espécie de escravo. Faz todas as tarefas do lar e não pode fazer nada para se divertir. A casa das tias fica no alto de um morro, e James não tem autorização para ir além da cerca que demarca o terreno. Ele não vai à escola, não faz passeios, não conhece outras crianças... Enfim, a vida de James era a mais triste das vidas até que ele conhece um velhinho muito estranho...

O tal velhinho dá a James uma porção de grãos misteriosos, os quais James deve usar para preparar uma espécie de poção mágica que o trará felicidade. Num descuido, James acaba deixando os grãos caírem aos pés do velho pessegueiro e, então, a mágica acontece. Do pessegueiro daquelas tias horríveis, que nunca havia dado um único pêssego sequer, brota o pêssego mais extraordinário de todos os tempos, o pêssego gigante. E a vida de James começa a mudar quando, numa noite escura, ele descobre uma estranha passagem que leva ao interior do pêssego, onde ele encontrará outras coisas, também gigantes...

Assim segue a história de James, que deixa para trás a escravidão de morar com suas tias para viver a maior de todas as aventuras.


Algo que admiro demais em Roald Dahl é sua criatividade. Quem já leu A Fantástica Fábrica de Chocolate ou As Bruxas sabe do que estou falando. Os locais que ele cria, as situações inusitadas, as personagens, tudo é maravilhoso e empolgante, além de trazer um humor ácido difícil de se encontrar nos livros infantojuvenis de hoje.

Outro ponto de destaque nas histórias de Roald Dahl é que quando há personagens más (e quase sempre há), elas são más de verdade, extremamente más, tão más que você fica morrendo de vontade de dar uma boa lição nelas e não fica com nem um pouquinho de pena quando elas se estrepam. Quem é mau tem que se dar mal, essa é a regra. Isso faz os conflitos das histórias serem muito mais dramáticos, divertidos, envolventes. Traz tudo do que uma boa história precisa. E a gente agradece!

JAMES E O PÊSSEGO GIGANTE é outro grande livro de Roald Dahl. Talvez não tão grande quanto os seus maiores sucessos, mas não deixa de ser bom. E para quem gostar, também há uma ótima adaptação para o cinema produzida por Tim Burton. Procurem, confiram, é diversão na certa. Abraço!


Livro: JAMES O PÊSSEGO GIGANTE
Texto: Roald Dahl
Ilustrações: Quentin Blake
Tradução: Angela Mariani
Editora: 34
Ano da edição analisada: 1996
Ano da 1ª edição original: 1961



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